Jornalismo sem místicas ou mitos ...
Por:
Vitor José da Silva (tody20@hotmail.com),
Fernanda Soares da Silva (fernandasoares_silva@yahoo.com.br)
e Malena Fagundes Carvalho (malenafagundes_c@hotmail.com),
e Malena Fagundes Carvalho (malenafagundes_c@hotmail.com),
grupo do blogjornalismo da turma 2001,
Segunda Série do Ensino Médio.
Segunda Série do Ensino Médio.
Para muita gente, o jornalismo é uma das profissões mais poderosas e charmosas do mundo. Afinal, o jornalista é aquele tipo de pessoa que viaja muito, cobre guerras, revoluções, pequenas e grandes tragédias humanas, investiga com a agudeza de um detetive e denuncia e condena com a isenção de um juiz.
Talvez aí, nesse conceito exterior um tanto míope do que é ser, de fato, um jornalista, resida o mais sério problema para se entender o "métier" do homem de imprensa. É verdade que, de algumas décadas para cá, o jornalista -o repórter, mais precisamemte - ganhou essa aura artificial de super-homem, aquele que, em nome da verdade dos fatos e de melhor informar, tudo pode. Só que não pode. A história não é tão simples e brilhante assim.
Por isso, antes de mais nada, é importante conhecermos alguns conceitos fundamentais para a atividade jornalística!
Notícia
A notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios, jornalísticos. É a matéria-prima do Jornalismo, normalmente reconhecida como algum dado ou evento socialmente relevante que merece publicação numa mídia. Fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, naturais e outros podem ser notícia se afetarem indivíduos ou grupos significativos para um determinado veículo de imprensa. Geralmente, a notícia tem conotação negativa, justamente por ser excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes, tragédias, guerras e golpes de estado. Notícias têm valor jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não foram noticiadas previamente por nenhum veículo. A "arte" do Jornalismo é escolher os assuntos que mais interessam ao público e apresentá-los de modo atraente. Nem todo texto jornalístico é noticioso, mas toda notícia é potencialmente objeto de apuração jornalística.
Fatores principais influenciam na qualidade da notícia:
Novidade: a notícia deve conter informações novas, e não repetir as já conhecidas
Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, mais interesse a notícia gera, porque implica mais diretamente na vida do leitor
Tamanho: tanto o que for muito grande quanto o que for muito pequeno atrai a atenção do público
Relevância: notícia deve ser importante, ou, pelo menos, significativa. Acontecimentos banais, corriqueiros, geralmente não interessam ao público
Notícias chegam aos veículos de imprensa por meio de repórteres, correspondentes, agências de notícias e assessorias de imprensa. Eventualmente, amigos e conhecidos de jornalistas fornecem denúncias, sugestões de pauta, dicas e pistas, às vezes no anonimato, pelo telefone ou por e-mail.
Nos EUA, é comum a figura do news-hawk (gavião-de-notícia), uma espécie de informante-apurador contratado pelo jornal, que anda em busca de assuntos que potencialmente possam gerar notícias
O trabalho jornalístico consiste em captação e tratamento escrito, oral, visual ou gráfico, da informação em qualquer uma de suas formas e variedades. O trabalho é normalmente dividido em quatro etapas distintas, cada qual com suas funções e particularidades: pauta, apuração, redação e edição.
A pauta é a seleção dos assuntos que serão abordados. É a etapa de escolha sobre quais indícios ou sugestões devem ser considerados para a publicação final.
A apuração é o processo de averiguar informação em estado bruto (dados, nomes, números etc.). A apuração é feita com documentos e pessoas que fornecem informações, chamadas de fontes. A interação de jornalistas com suas fontes envolve freqüentemente questões de confidencialidade.
A redação é o tratamento das informações apuradas em forma de texto verbal. Pode resultar num texto para ser impresso (em jornais, revistas e sites) ou lido em voz alta (no rádio, na TV e no cinema).
Edição jornalística,
em rádio ou jornalismo, em geral, Maria Elisa Porchat define o editor como um artesão que deve "limpar" o texto jornalístico, eliminando o que for desnecessário ao entendimento, e "dar brilho", redigindo um bom texto, nítido, coerente e interessante.
Reportagem
Reportagem é o formato básico do jornalismo. Reportar algo é relatar, contar (story em inglês). Que história é essa contada pelo repórter? Trata-se de uma hsitória real: a notícia. Para se contar a história com o máximo de elementos possíveis (lembrando que a objetividade total é impossível), o repórter
A reportagem busca a objetividade – embora saiba da impossibilidade de alcançá-la. Por isso, o repórter vai atrás de muitas fontes para diversificar seu olhar sobre a notícia.
A reportagem mudou muito: quando a mídia de massa (mass media) ainda engatinhava e tinha-se mais tempo para a leitura de um jornal, a reportagem chegou a se aproximar da literatura – era o movimento New Journalism norte-americano. O filme Capote (2005) retrata bem a história de um dos principais repórteres do New Journalism. Hoje, com a profusão vertiginosa de informações, o modelo de Pirâmide Invertida (com o lead) prevalece.
No fim dos anos 60, os limites da reportagem foram testados na experiência chamada de Jornalismo Gonzo, onde o repórter experimentava ao máximo “viver” sua reportagem. Muitas vezes associavam essa experiência ao uso de drogas e alucinógenos, típico da contra-cultura. Hunter Thompson foi o exemplo do jornalismo Gonzo e o filme Fear and Loathing in las Vegas (1998), de sua autoria, vale a pena ser assistido.
Mídia
Em comunicação, mídia ou media (um termo derivado do latim medium, meio e media, meios) são os canais ou ferramentas usadas para armazenamento e transmissão de informação ou dados. Mídia muitas vezes é usado como sinônimo de meios de comunicação de massa ou agências de notícias, mas pode se referir a um único meio utilizado para comunicar os dados para qualquer finalidade.
Evolução da Mídia
O início da comunicação humana através de canais artificiais, ou seja, não através da vocalização ou gestos, remonta às pinturas rupestres antigas, aos mapas e à escrita. O Império Persa desempenhou um papel importante no campo da comunicação. Eles criaram o que poderia ser descrito como o primeiro sistema postal, o que é dito ter sido desenvolvido pelo imperador persa Ciro, o Grande (c. 550 a.C.), após a conquista da Média. O papel do sistema como um aparato de inteligência para recolha de informação é bem documentado. O serviço foi mais tarde chamado angariae, um termo que passou a ser aplicado para um sistema fiscal. O Antigo Testamento (Ester, VIII), faz referência a este sistema: Assuero, rei de Medos, usou correios para comunicar suas decisões. A palavra comunicação é derivada da raiz latina communicare. O Império Romano também concebeu o que poderia ser descrito como um sistema postal, a fim de centralizar o controle do império. Isto permitiu que cartas pessoais e oficiais reunissem o conhecimento sobre eventos em suas mais distantes províncias. Sistemas postais mais avançados apareceram mais tarde no Califado islâmico e no Império Mongol durante a Idade Média. A adoção de um meio de comunicação dominante foi importante o suficiente para que os historiadores tenham dividido a história da civilização em "idades", segundo o meio mais amplamente utilizado. Um livro intitulado Five Epochs of Civilization, de William McGaughey (Thistlerose, 2000), divide a história nas seguintes etapas: a escrita ideográfica produziu a primeira civilização; a escrita alfabética, a segunda; a impressão, a terceira; o registro e difusão elétricos, a quarta; e a comunicação por computador, a quinta civilização. A mídia afeta o que as pessoas pensam sobre si mesmas e como elas percebem as outras pessoas. O que pensamos sobre nossa auto-imagem e o que imaginamos que os outros deveriam ser, vem através da mídia. Embora se possa argumentar que essas "épocas" são apenas uma teoria de um historiador, a comunicação digital por computador mostra evidências de mudar concretamente a forma como os seres humanos se organizam. As últimas tendências em comunicação, denominada smartmobbing, envolve a organização local através de dispositivos móveis, permitindo a comunicação eficiente na forma muitos-para-muitos e a criação de redes sociais.